Apresentam-se fracções de objectos verticais, seguindo linhas fotográficas horizontais. Em comum está a captação das bases desses objectos, seja de pessoas ou de árvores, riachos, chãos ou estruturas. É dessas bases de onde radicam as suas existências, vidas, situações, horizontes, na sua evolução, vida e forma verticais. Pelo fraccionamento, imagina-se o todo, conferindo-lhe um conteúdo por parte do observador, ajudado pela contraposição do Homem com a Árvore, o Artificial com o Natural, o Inorgânico com o Orgânico, o Monocromático com Policromático, o Geométrico com o Irregular.
A conjugação destas linhas aparentemente incompletas de objectos, fracções de existências sobre as quais se pode conjecturar e analisar, incluindo os seus opostos, é uma forma de Desconstrução. É uma peça importante na geração da inspiração, abstracção e mesmo do sentido estético. Ultrapassa-se o mais óbvio e aparentemente banal, para encontrar o mais significativo e belo das coisas simples.
Numa casa chamada Era uma Vez no Porto, onde inúmeras histórias se cruzam ao longo dos dias e noites, esta exposição pretende encaixar na existência dos vários horizontes que aqui se cruzam. Os contrastes ligam com a diversidade de mundos que por aqui passam, no conforto e convívio da casa.
Tratam-se de fotografias impressas em 130 × 50 cm, em formato panorâmico de película 35 mm. Todas resultam da digitalização de diapositivos. Não são sujeitas a manipulação digital, excepto a regulação simples de cor, contraste e melhoria de contornos, resultando fieis aos diapositivos. São impressas em pigmentos de grande durabilidade, com qualidade profissional. Apresentam-se com moldura e plastificação em base de k-line/platex, numeradas e acompanhadas de certificado e garantia do autor.
João M. Gil
O Fotógrafo:
Desde pequeno se interessou pela fotografia, através da leitura e da prática. Nos últimos anos, a paixão pela fotografia tem-se juntado à de estar na montanha, pelos seus vales, cumes e encostas, pelas suas florestas, prados, gelo, neves e rochedos. Também tem combinado a fotografia com as viagens e o contacto com outras culturas e gentes. Muitas das suas fotografias são resultado de várias saídas para o contacto e respeito directo com a Natureza, sempre de tripé e equipamento fotográfico na mochila.Ao longo do tempo tem-se definido o seu estilo, numa fotografia de explícita desconstrução do objecto, quase minimalista e abstracta, fazendo uso da combinação das ideias e de fotografias, com o objectivo da Estética e do Inspirador. Faz fotografia de paisagem, viagem, macro e abstractos. O seu trabalho tem sido reconhecido em exposições, como em Tempus Fugit (individual) e Olhares Montanheiros (com outro autor) e em vários concursos de fotografia nacionais e internacionais.
1 comentário:
muito gira a exposição, aquela foto da agua está fabulosa, parabens ao autor e ao Era
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